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Adeus consoles? – A evolução dos games no Android

Vislumbrar o futuro é uma brincadeira que eu gosto de fazer, mas quanto se trata de “até onde os Smartphones irão chegar” é complicado até imaginar. Há alguns anos atrás você estava jogando o Snake no seu Nokia, hoje você está pegando Pokémons em realidade aumentada, o salto foi grande!

Quando os primeiros celulares com Android chegaram a indústria de desenvolvimento de games concentrou seus esforços em pequenos jogos, eu ainda lembro do meu bom e velho Samsung Galaxy Ace Plus, meu primeiro Smartphone, onde eu joguei o primeiro Temple Run que saiu, um verdadeiro clássico dessa plataforma. Mesmo que eu não percebesse, nesta época já tínhamos uma amostra de como os games para a plataforma mobile seriam.

Temple Run Android

O Temple Run mesmo utilizava algo “irreverente” para a época, que são os sensores do Smartphone para você pode controlar o personagem, algo realmente muito bacana e que se tornou comum e muito mais aprimorado nos games atuais, muito da capacidade dos games de Android, ou de dispositivos móveis em geral, se limitava ao próprio hardware dos aparelhos, que não permitiam que os desenvolvedores fossem muito longe.

Com o lançamento de novos aparelhos com melhores hardwares os games começaram a ficar mais complexos e com gráficos melhorados, ainda que muitos deles sejam “simples”, como Flappy Bird, mas capazes de te prender por horas.

Pokémon GO

Os desenvolvedores começaram a aprender como o mercado de games para Android funciona e em pouco tempo tivemos grandes sucessos como Fruit Ninja, Candy Crush, Angry Birds e muitos outros, talvez o exemplo mais recente ainda seja o Pokémon GO, que foi baixado mais de 500 milhões de vezes. 

Apesar de ser uma comparação injusta, o popularíssimo GTA 5 vendeu “apenas” 75 milhões de cópias, o que dá para se ter uma ideia da popularidade, mais uma vez, esta é uma comparação injusta, mas que ajuda a ter uma noção da popularidade.

Eu mesmo tenho jogado muito o novo Yu-Gi-Oh!  Duel Links, game que foi baixado mais de 50 milhões de vezes também, apenas na Play Store.

Os games novos começam a explorar os novos recursos tecnológicos que os Smartphones possuem, como uma boa conexão com a internet para trabalhar com arquivos remotos, assim, vários games rodam em servidores e não diretamente no celular, câmeras com boa resolução e outros sensores mais, como o giroscópio, que permitem utilizar o aparelho com óculos de realidade virtual como este.

Muitos dos jogos disponíveis para Android deixam você se conectar com seus amigos através da Google Play Games ou através do Facebook de forma a poder, quase que instantaneamente, desafiar os seus amigos nesses jogos não importando a distância através da “mágica” da internet, criando assim uma experiência de jogo bem diversificada e de forma simples para o consumidor final.

Clash of Clans
Clash of Clans

Com o crescimento do mercado, uma variedade que se tornou muito popular durante os últimos anos, são, por exemplo, os jogos de guerra medieval e aqueles games onde você é dono de um hospital, de um restaurante ou de uma cidade, basicamente, jogos em que você manda nesse mundo todo e desenvolveram sistemas de micro transações dentro deles mesmo para manter o jogo funcionando e pagar o seu desenvolvimento, e ainda, quando a estratégia é bem feita, gerar lucro.

Pense que se Pokémon foi baixado 500 milhões de vezes, coloque, digamos, 1 real para cada usuário e você já tem um ótimo  montante inicial, pelos dados que se tem, a Niantic faturou 200 milhões de dólares só no primeiro mês de lançamento.

Concorrência: Android no lugar de PlayStation e XBox?

Consoles Android
Reprodução: Android Authority

Você pode pensar que eu estou meio louco em sugerir isso. Mas “paremos e reflitemos”. Será que você não seria um consumidor deste tipo de produto?

Se você tivesse um celular que faz tudo o que você faz hoje com o seu Smartphone e ainda rodasse GTA 5 com ótimos gráficos, só pra citar um título, com a mesma qualidade que o PS4 de hoje tem e pelo mesmo valor dos Smartphones top de linha da atualidade, você ainda compraria um console?

Talvez você possa pensar na jogabilidade comprometida por conta da tela sensível ao toque. E neste aspecto eu concordo com você, mas imagine que o Smartphone seja projetado para jogar e você possa ligar joysticks nele como você já pode fazer hoje com vários modelos, como por exemplo o GameSir G4S que nós mostramos no canal, a coisa fica mais interessante, não é?

Se o problema é a tela pequena, ainda que você tenha um Galaxy Note (que não exploda de preferência), que tal usar o conceito do Nintendo Switch, o novo console da Nintendo, e utilizar ele tanto como portátil, como “de mesa”, utilizando um dock para isso? Ligando o Smartphone na sua TV  e com um controle na mão você teria a mesma experiência que um console comum, certo?

E vamos além! Talvez você tenha visto o novo recurso do Galaxy S8 com uma dock que transforma o Smartphone em um computador Android com interface convergente, isso nos faz supor que esse tipo de coisa é possível!

– Ah, mas nunca que os celulares terão a mesma potência de um console ou PC!

Smartphones, consoles e computadores de mesa vão uma variação da “mesma coisa”, computadores. Quando o assunto é desktop, realmente acho que não há possibilidade de competição em potência, pois o espaço e o propósito, assim como a arquitetura dos chips, tem essa questão de escalabilidade levada a um extremo ainda impossível para os Smartphones, mas para os consoles a distância não é tão grande ao que parece, veja os chips Tegra da Nvidia por exemplo.

Claro, a grande questão seriam os games, e você pode observar que hoje, que ainda não existe um mercado formado em torno deste conceito, já existem versões mobile de clássicos de PC/Console como FIFA, PES, Borderlands, The Walking Dead, Batman, entre outros. Imagine em um mercado desenvolvido!

Lembre que há 20 anos atrás você estava jogando Snake no seu Nokia usando apenas duas cores e botões, o que será que teremos daqui há 20 anos? Se APIs multiplataforma como o Vulkan realmente decolarem, o que impede que tenhamos lançamentos cross plataform também? Depende muito da evolução dos chips gráficos para dispositivos móveis, mas eu não sou louco de duvidar.

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