Editorial

Desvendando a Deep Web

Saiba o que você pode encontrar lá e como tudo funciona

Há quem diga que Deep Web é a versão underground da internet e tem mais a oferecer do que uma janela para os demônios da Humanidade.

Você já deve ter ouvido falar dela – e, se ouviu, provavelmente ficou em choque. Canibalismo e necrofilia, pedofilia são três palavras comumente associadas à essa espécie de internet paralela.

A ideia surgiu de forma anônima na China, a proposta seria navegar em sites que o governo – através de seu provedor – bloqueia a entrada no país, para isso os desenvolvedores criaram uma matemática complexa e, até hoje é conhecida como o mais bem elaborado software de Proxy do mundo, batizada de TOR. O The Onion Router hoje é mantido por contribuições anônimas, programadores voluntários de diversos lugares do mundo.

O termo Deep Web foi criado pelo cientista da web Michael K. Bergman, em 2001, no artigo “The deep web: surfacing hidden value” (“A rede profunda: trazendo à tona valores escondidos”).

Ocupando atualmente 75% do tamanho total da internet que equivale a 91.000 terabytes, a Deep Web contém trilhões de páginas que estão ocultas para a maioria das pessoas. A maioria de nós pensa que potências de busca como Google e Bing mostram absolutamente tudo o que existe na Internet, infelizmente não é bem assim. Segundo especialistas, apenas 25% do que existe na Internet é indexado pelos buscadores, o que chega aproximadamente 167 terabytes de acordo com o” Wikipédia”.

A Deep Web é tudo aquilo que não está indexado pelos buscadores, outro mundo completamente diferente, uma realidade que não estamos acostumados a navegar no nosso dia-a-dia. Contendo mais páginas e recursos que a Surface Web (a internet convencional), a Deep Web é o berço de muitos sites famosos como o Wikileaks (famoso site que divulgou documentos sigilosos do governo dos EUA), Anonymous e The Pirate Bay. Como estavam nascendo e precisavam de força, esses sites utilizaram o meio mais seguro para trazer seus projetos para a internet e depois levar à Surface Web.

Há teorias que dizem que a Deep pode ter de 8 a 10 níveis, mas não se sabe exatamente ao certo por falta de acesso. Mas podemos dividir a Deep Web em três levels, onde se encontram as pessoas com um conhecimento mais avançado em computação: os verdadeiros hackers, crackers, bankers e etc.

Level 1: vídeos e documentos governamentais, sendo uma rede fortemente criptografada e segura;

Level 2: poder monetário em jogo, onde se negociam bilhões de dólares

Level 3: controle tecnológico global, documentos relacionados à computação quântica, elites de hackers, onde se conquista poder e dinheiro.

As páginas da web da superfície podem ser rastreadas e indexadas pelos mecanismos de busca tradicionais, como o Google, porque são ligadas umas às outras por links. Já as páginas que estão na Deep Web residem em bases de dados pesquisáveis, mas somente podem ser descobertas por uma consulta direta. Sem isso, seus resultados não são publicados — explica Bergman.

O acesso a essas profundezas é feito por programas específicos, que escondem a identidade do usuário. A navegação é mais lenta e segue uma lógica distinta. A web invisível é recheada de estudos acadêmicos, pesquisas científicas, publicações governamentais, livros eletrônicos, boletins, listas de discussão, catálogos, cartões on-line, artigos, revistas de assinatura, vídeos arquivados, imagens e muito mais.

Em breve ensinaremos como navegar com segurança por esses mares tortuosos.

E você leitor, já tinha ouvido falar da Deep Web? Algum dia já acessou ou pretende acessar? Não deixe de comentar!

Matéria enviada pelo leitor Leandro Nicola.

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