ManjaroSistemas operacionais

5 dias com Manjaro Linux

Eu e o Manjaro e o Manjaro e eu

Olá pessoal, hoje vou lhes contar a história de uma distro Linux que já falamos por aqui chamada Manjaro Linux.

Confesso que inicialmente a minha ideia era fazer essa review aqui em vídeo como eu fiz do Ubuntu, do Elementary e do Linux Mint 16 no canal do Diolinux, aliás tira um tempinho pra dar uma olhada nos nossos vídeos e se inscrever também, tive alguns problemas com o uso do Manjaro e não consegui instalar o Kazam ScreenCaster, meu programa preferido pra captura de desktop, e portanto resolve fazer este texto aqui, não tanto uma review, mas mais um comentário sobre o que achei do sistema, dificuldade se facilidades que tive para quem quem sabe você também se motive a testar o sistema, ou se não gostar de suas características manter uma boa distância.

O que é o Manjaro e por que o Manjaro ( resumidamente) 

Estive testando o Manjaro Linux durante cinco dias para realizar as minhas atividades tradicionais, porém, antes de comentar sobre a minha experiência com ele acho que cabe introduzir você leitor sobre o que é esse sistema.

Linux Mint + ArchLinux = Manjaro

Não que seja exatamente isso, de fato não é, mas é o mesmo conceito, o Manjaro é baseado no ArchLinux, uma distro amada por muitos, odiada por outros tantos que não conseguem usar ele direito por falta de experiência na maioria das vezes, trazendo características user friendly do Mint para o Arch, sim esse é o Manjaro, um “Arch Linux fácil de usar”.

Nele você tem todas as ferramentas pré-instaladas e configuradas, até mesmo o Steam é padrão da distro, codecs e plugins, etc, tal como o Linux Mint faz.

Me interessei pela distro pelo fato de ser justamente baseado no Arch, distro que tem fama de ser muito estável e veloz, por ser Rolling Release, já que meu sistema atual o Ubuntu 13.04 está com os dias contados poderia ser uma boa opção.

Dia 1: Download e instalação

Download

Bom,  a primeira coisa é obviamente baixar a distro, fui até o site, e de maneira intuitiva efetuei o download da versão principal, com XFCE, pelo menos dá essa impressão por ser a primeira ISO que aparece, no rodapé do site havia uma notificação de que a versão mais recente era a 0.8.8, porém a que estava lá era a 0.8.7, pensei “ok, por ser rolling release eu à atualizado depois…” e baixei sem nenhum problema, uma ISO de 1,2 GB de arquitetura 64 bits.

A ISO é realmente grande se formos comparar com outros distros populares, até mesmo com o Mint, mas isso é indício de que o sistema vem completo.

Vale ressaltar que também existe uma versão com OpenBox e outra com KDE, além de outras versões não oficiais desenvolvidas pela comunidade, basta procurar com atenção no site, no final do artigo deixarei os links para os interessados

Instalação

Ai vem um grande diferencial do Manjaro, eu já havia aventurado-me pelo Arch Linux em outros tempos e sofri pra entender o instalador, afinal quem entende do assunto se vira, mas não podemos chamar ele de intuitivo, já o Manjaro conseguiu fazer um instalador gráfico muito simples de usar e para quem quiser e bom e velho modo texto ele está lá também, como eu gosto é de facilidade instalei no modo gráfico, as configurações são semelhantes as do Ubuntu e até mesmo existe um Slider que mostras funções do sistema operacional.

Depois de aproximadamente 20 minutos ( sem o uso de internet ) o sistema está instalado e pronto para usar, ele reconheceu o meu Ubuntu na outra partição do GRUB normalmente, tudo na santa paz até agora.

P.S.: A instalação foi feita com um pendrive utilizando o software Unetbootin.

Dia 2: Hora de mexer com o brinquedo novo!

Manjaro Linux

Tá bom, tá bom, na real eu mexi com ele no primeiro dia, dei uma olhadinha, mas deixei para o segundo dia o real contato inicial, podemos chamar assim né?

Bom, eu sinceramente não vou com a cara do XFCE mas estava disposto a dar uma chance, afinal ele é muito leve e tanta gente usa etc, etc, etc…

Gostei muito por ele vir com o Whisker Menu por padrão, que é um menu diferente do padrão do XFCE, possuindo um campo de buscas, o que aumenta a produtividade, acho ele tão bom que  seria uma grande noticia se ele viesse  incluído em futuras versões do ambiente XFCE em todas as distros.

Ele traz o Firefox, VLC, XNoise é o player de música ( muito bom e leve por sinal ) entre muitos outros programas realmente úteis, um visual bonito, wallpapers bonitos também, apesar de que, como eu sempre digo wallpaper é algo muito pessoal então isso é relativo, mas de maneira geral o tema é algo atraente e agradável aos olhos, mesmo que o visual mais Dark possa não agradar a todos, esse tipo de coisa é facilmente modificável através de opções dentro do próprio sistema.

Dia 3: Atualiza meu filho!

Depois de usar o meu Ubuntu para trabalhar tirei mais um tempo agora para deixar o sistema mais “redondinho”, afinal como eu disse lá no inicio do post eu baixei uma versão anterior a última e teria sem dúvida alguns pacotes para instalar; na verdade desde a instalação havia uma notificação no painel inferior dizendo que eu tinha baixar 678 MB de atualização ( KRAI! ) mas Ok, a questão é “como faz?”

“Sudo apt-get-não-sei-que-lá” não funciona, já estou em Debian Basead a um bom tempo e esses cacoetes não ajudam ok, pesquisei um pouquinho nos mares profundos da “Interwebs” e na real não é tão fácil achar informações sobre o Manjaro, acabei achando o que eu procurava no fórum deles e um pouco também nos sites ( não são tantos quanto o Ubuntu ) que falam do Arch, no fim existe um comandinho mágico que atualiza os repositórios e faz a atualização, porém descobri que era mais fácil do que eu pensava pois existe um aplicativo para atualizar o sistema, como existe no Ubuntu.

Atualizei o sistema por ali, Kernel novo, XFCE novo, programas atualizados, tudo nos trinques, mas por hoje já chega, tenho que jogar No More Room In Hell no Ubuntu.

Dia 4: Cadê meu Deb? Instalando programas.

Agora é hora de instalar uns programinhas, Google Chrome, Dropbox, e alguns outros por ai que eu uso corriqueiramente, Ok, como instalar o Google Chrome no Manjaro? Na realidade eu ainda não descobri, posso ter sido preguiçoso, mas também não consegui instalar o Dropbox, estes dois são essenciais para que eu possa usar o Manjaro para o meu trabalho, por hora contentei-me com o Chromium que estava numa espécie de central de aplicativos que não lembra em nada uma central de aplicativos, lembra mais o synaptic onde você pode procurar os pacotes etc.

Nesse caso não mais tão intuitivo afinal, se você não sabe o nome do pacote não consegue encontrar as coisas com a mesma facilidade. O fato de não conseguir instalar programas assim e também de não ter, pelo que pesquisei, pacotes pré-compilados me deixou um pouco #chateado, afinal o meu negócio é praticidade! “Developers, Developers, Developers!”

Pesquisando um pouco ouvi falar ( ou li, melhor eu acho.) sobre um tal de AUR, acredito que se eu tivesse mais tempo e pesquisado talvez teria conseguido fazer algumas coisas.

Tentei usar este tal de AUR para instalar o Kazam ( queria fazer uma review em vídeo lembra? ) mas mesmo seguindo o tutorial passo-a-passo ( acredite, eu sou bom nisso ) o terminal retornava um erro de pacote não encontrado, e como a mensagem de erro não era muito clara para mim, fiquei sem saber o que fazer.

Na realidade consegui instalar outros programas, como o Kdenlive e Openshot por estarem no repositório, quando isso não tive problema algum.

Dia 5: “Se Fodeu” like a GTAV

Ai XFCE, nos não nascemos para produzirmos conteúdo juntos… pensei que apesar de não conseguir instalar determinados programas, eu sabia que com o tempo conseguiria, por isso pensei em aumentar a minha produtividade trocando o ambiente gráfico, mas qual?

Não achei o Cinnamon no repositório, não me importava em ser um ambiente mais pesado afinal o meu PC aguenta bem o Unity e outros ambiente tipos como “pesados”, então resolvi instalar o Gnome Shell, Gnome 3.10 para ser mais exato, afinal ele estava a cada dia mais bonito, cheiroso e completo e voilá! Catei o pacote “gnome-shell” no “mercadinho” do Manjaro e solicitei a instalação, deu um erro…

“Oh desgraçado, você não vai de deixar ser feliz mesmo???” – Mas a questão era que eu precisa atualizar os seus pacotes para que pudesse instalar este aí, então dito e feito e em menos de 2 minutos ele tinha instalado o Gnome-Shell.

Fiz logoff, o Manjaro usa o MDM  como gerenciador de login, como o Linux Mint também, e selecionei  feliz o Gnome Shell, para minha surpresa o sistema não carrega levando a uma tela de erro bem simpática com um carinha triste =( e  tudo, tentei mudar para o XFCE de volta afinal, se não deu certo é porque faltou alguma coisa, nada de login…

Pesquisa, pesquisa, pesquisa, remove o Gnome-Shell pela linha de comando, tenta logar de novo e nada! Fica lá estagnado numa tela preta e depois volta par ao MDM, não soube o que fazer, estava com um pouco de sono, em fim, no outro dia o Manjaro saiu para a entrada do openMandriva, para fazer mais uma bateria de testes.

E essa foi a minha experiência com o Manjaro Linux, uma distro para iniciantes, mas não para iniciante no Linux, para iniciantes no Arch.

Quem se interessar pode baixar a distro por aqui, aqui eu falei apenas de algumas boas características da distro mas se você precisar de mais motivos para testá-la só aqui tem 13.

Acho que boa parte dos problemas que eu tive foram pela minha inexperiência com o sistema e por estar muito acostumado a ter as coisas de maneira fácil e prática com o Ubuntu e o Linux Mint, por hoje chega, Manjaro até uma próxima!

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