Ubuntu

10 anos de Ubuntu, conheça algumas curiosidades do sistema

Hoje o sistema operacional baseado em Linux mais utilizado em desktops faz aniversário, 10 anos de existência de Ubuntu, venha conosco para acompanhar a homenagem que fizemos para o sistema e conhecer algumas peculiaridades que talvez você não saiba.

Há dez anos nascia o Ubuntu Linux

Originalmente sendo apenas uma pequena variação do GNU/Linux Debian, há 10 anos nascia o Ubuntu, a primeira versão ao contrário do que se possa imaginar não foi o “Ubuntu 1” e sim o “Ubuntu 4.10” com o codinome de “The Warty Warthog” (O Porco-africano Verruguento), lançada exatamente no dia 20 de Outubro de 2004.

O Ubuntu é o sistema operacional que eu escolhi utilizar, e venho usando ele a mais ou menos uns 3 anos e nada mais justo do que prestar uma singela homenagem, então, escolhi fazer isso trazendo para os leitores do blog algumas curiosidades sobre o sistema que talvez você não saiba.

Curiosidades sobre o Ubuntu e a Canonical

Pesquisei muito internet à fora e juntei alguns informações com as que eu já sabia e elaborei alguns tópicos que vão mostrar para você o quanto o Ubuntu (apesar de ser um projeto relativamente novo) já é muito importante para o mundo da tecnologia.

 – Mark Shuttleworth foi o segundo turista espacial do mundo

O criador da Canonical (empresa que desenvolve o Ubuntu) foi o segundo ser humano a ir para o espaço como turista, passando apenas 10 dias no espaço, entre viagem e estadia na Estação Espacial Internacional, esta pequena viajem custou a “bagatela” de 20 milhões de dólares.

Mark Shuttleworth na estação espacial internacional
Foto: China Daily

– Nomes de animais nos codinomes das versões do Ubuntu

Toda versão nova do Ubuntu recebe um nome de código, ou um “apelido”, como queiram, fato é que todos eles seguem a seguinte fórmula, “adjetivo+nome” seguindo a ordem alfabética, normalmente o adjetivo é algo “meio estranho”, assim temos desde o início:

  • – Ubuntu 4.10: The Warty Warthog (O Porco-africano Verruguento).
  • – Ubuntu 5.04: The Hoary Hedghog (O Ouriço Grisalho).
  • – Ubuntu 5.10: The Breezy Badger (O Texugo Fresco).
  • – Ubuntu 6.06 LTS: The Dapper Drake (O Pato Doméstico Estiloso).
  • – Ubuntu 6.10: The Edgy Eft (A Salamandra Hi-Tec).
  • – Ubuntu 7.04: The Feisty Fawn (O Jovem Bravo Cervo).
  • – Ubuntu 7.10: The Gutsy Gibbon (O Macaquinho Corajoso).
  • – Ubuntu 8.04 LTS: The Hardy Heron (A Garça Durona).
  • – Ubuntu 8.10: The Intrepid Ibex (O Bode Intrépido).
  • – Ubuntu 9.04: The Jaunty Jackalope (O Coelho Elegante).
  • – Ubuntu 9.10: The Karmic Koala (O Koala Kármico).
  • – Ubuntu 10.04 LTS: The Lucid Lynx (O Lince Lúcido).
  • – Ubuntu 10.10: The Maverick Meerkat (O Suricato Vagabundo).
  • – Ubuntu 11.04: The Natty Narwhal (O Naval Inteligente,Fashion).
  • – Ubuntu 11.10: The Oneiric Ocelot (A Jaguatirica Onírica).
  • – Ubuntu 12.04 LTS: The Precise Pangolin (O Pangolim Preciso).
  • – Ubuntu 12.10: The Quantal Quetzal (O Quetzal Quântico).
  • – Ubuntu 13.04: The Raring Ringtail (O Bassarisco Ávido). 
  • – Ubuntu 13.10: The Saucy Salamander (A Salamandra Atrevida).
  • – Ubuntu 14.04 LTS: The Trusty Tahr (A Cabra Selvagem Fiel).
  • – Ubuntu 14.10: The Utopic Unicorn (O Unicórnio Utópico)

– Ubuntu Font Family

O Ubuntu tem uma fonte própria que é livre pra uso e ela é a 8ª fonte mais utilizada na internet.

Ubuntu Font Family

– Muitas derivações 

Dos 20 primeiros sistemas classificados no ranking da DistroWatch 8 são relacionados ao Ubuntu de alguma forma, atualmente temos algumas derivações muito famosas do sistema da Canonical.

Variações do Ubuntu

Além do Ubuntu tradicional que vem com o ambiente gráfico Unity, temos as seguintes derivações de maior destaque:

– Xubuntu (Ubuntu com interface XFCE)

– Lubuntu (Ubuntu com interface LXDE)

– Kubuntu (Ubuntu com interface KDE)

– Linux Mint (Derivação não oficial com ambiente Cinnamon)

– Ubuntu Studio (Ubuntu voltado ao público que produz conteúdo multimídia com ambiente XFCE)

– Ubuntu Gnome (Ubuntu com interface Gnome Shell)

– Ubuntu Mate (Ubuntu com interface MATE)

– Elementary OS (Ubuntu com interface Pantheon)

Você consegue ver toda a árvore de derivações no Ubuntu neste link.

– O significado da palavra “Ubuntu”

Ubuntu, segundo o site da Canonical, “é uma palavra antiga do dialeto africano zulu” que significa “Eu sou o que sou porque nós somos”, inclusive, no recente falecimento do ícone Nelson Mandela tivemos a palavra Ubuntu (lê-se “Ubúntu”) mais exposta do que nunca.

Vídeo: Canal Ubuntu Dicas

– Rover Curiosity que está explorando a superfície de Marte é controlado pelo Ubuntu

Se tem uma coisa que gosto tanto quanto Linux essa coisa é a Astronomia, e olha só que surpresa interessante, não bastasse o Debian (papai do Ubuntu) ser usado nos computador da ISS, o Ubuntu, seu filho querido, é usado para controlar um dos “Rovers” que exploram a superfície marciana em busca de vida e informações sobre o nosso vizinho.

Ubuntu usado para controlar Rover em Marte
Foto: NASA
Ubuntu usado para controlar Rover em Marte
Foto: NASA

– Mais sobre o “tio Mark”

Nascido na Africa do Sul, ele sempre se interessou por tecnologia e acabou atravessando o oceano para poder estudar em universidades mais conceituadas, fundou uma empresa chamada Thawte, que trabalhava com segurança na internet, criptografia, etc, essa empresa foi vendida para a VeriSign por 575 milhões de dólares no câmbio atual, 20 dos quais ele usou para ir ao espaço como falamos antes, voltando à Terra ele fundou a Canonical com sede no Reino Unido.

Mark Shuttleworth tem 40 anos e, diz quem o conhece, é um homem de personalidade forte, com uma capacidade de trabalho inesgotável e uma história de vida marcada pelo desafio de lutar por objetivos que outros consideravam impossíveis. Aos 22 anos, ainda estudante de Economia na Universidade da Cidade do Cabo, mas já um maníaco da informática e dos computadores, tentou a sorte no emergente negócio da internet. Montou uma empresa na garagem da casa dos pais, na ponta sul do continente africano – aparentemente o lugar mais improvável para se ter êxito num setor então confinado a Silicon Valley, na Califórnia. E investiu toda a energia num nicho de mercado, inexplorado: a segurança do comércio eletrónico, os certificados de identidade e a assinatura digital.

Em 1999, apenas quatro anos depois, provou que a aposta fora vencida: vendeu a Thawte, a sua empresa (e as suas patentes), ao gigante VeriSign (de Silicon Valley, claro…) e passou a ser considerado, oficialmente, milionário. Contas feitas, após distribuir 150 mil euros de prémio por cada um dos seus 50 funcionários, Mark Shuttleworth passou a deter uma fortuna pessoal superior a 500 milhões de euros. Em dinheiro vivo, resistente aos humores bolsistas.

Com esse dinheiro, aquele a quem chegaram a chamar o “Bill Gates sul-africano” fundou uma empresa de investimento, HBD, vocacionada para a inovação e as start-ups tecnológicas. Depois, criou uma fundação, com o seu nome, destinada a promover a educação, o acesso às tecnologias de informação e o financiamento de projetos de transformação social. E finalmente, lançou-se, com espírito militante e quase guerreiro, no desenvolvimento de um sistema operativo, o Ubuntu, que pretende ser um concorrente direto do Windows, da Microsoft, e do iOS, da Apple (mais um objetivo aparentemente impossível…), mas com uma particularidade relevante: é software livre e grátis (“É preciso mudar o mundo e todas as pessoas têm de ter acesso à tecnologia para o mudar”, acredita). Atualmente, o Ubuntu já é usado por mais de 20 milhões de pessoas, quase todas programadoras e gestoras de data centers. Mas esse número pode crescer rapidamente, ainda este ano, quando forem postos à venda os primeiros tablets e smartphones equipados com o sistema.

Uma pequena parte da fortuna de Shuttleworth foi, no entanto, gasta para satisfazer um capricho pessoal, à medida de um fanático admirador da série Star Wars (Guerra das Estrelas). Mark pegou em 20 milhões de euros (vendo bem, não é extravagância alguma: é-se tão rico com 500 milhões como com 480 milhões…) e “comprou” um lugar na nave Soyuz TM-34 que, em 2002 – tinha ele 29 anos – o levou para fora da atmosfera terrestre e a passar nove dias a bordo da Estação Espacial Internacional, onde, a seu pedido, e após quase um ano de treino na Cidade das Estrelas russa, desenvolveu atividades científicas, como os outros astronautas, relacionadas com o vírus HIV e o genoma humano. Foi a emoção dessa experiência como segundo turista espacial da história – e o primeiro “afronauta”, como lhe chamou, numa emocionada chamada telefónica para o espaço, o seu amigo Nelson Mandela – que acabou por lhe dar uma nova razão para a vida… e mais outro objetivo aparentemente impossível.

“No espaço, ele tomou verdadeira consciência de como a Terra é pequena e frágil. Viu o impacto da intervenção humana no planeta, com uma dimensão que não pensava ser possível. A partir desse momento, sentiu que tinha de agir, demonstrar que se pode criar riqueza sem destruir a natureza”, explica Nuno Rodrigues, 36 anos, o jurista de formação que Mark Shuttherworld escolheu para dirigir a HBD-STP, o grupo empresarial a quem confiou a tarefa de concretizar essa sua visão.

Fragmento retirado do texto “Salvar o Paraíso… e mudar o mundo”

Leia o conteúdo completo aqui.

Obrigado

Só tenho a agradecer ao Ubuntu e Canonical, alguns podem dizer que eu sou espécie de “fanboy” do Ubuntu, por sempre falar sobre tanto aqui no blog quanto no Canal, mas a verdade é que se cheguei onde cheguei hoje foi porque estava utilizando o Ubuntu como sistema operacional, não tenho a menor dúvida disso, eu poderia ter chegado até aqui usando outro sistema? Poderia… mas acabou sendo o Ubuntu o sistema que me acompanhou nestes últimos anos, foi com ele que passei a usar Linux e por conta dele que conheci pessoas que hoje são grandes amigos e amigas.

Muito obrigado Ubuntu e que venham outros 10 anos e ainda mais!

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Sobre o autor
Criador do blog e canal Diolinux, alguém que acredita em liberdade de escolha e é apaixonado por música e tecnologia.
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