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A história da migração de um usuário Windows para o Linux

No espaço no leitor que nós costumamos abrir aqui no blog de vez em quando, teremos hoje a história do leitor Rodrigo Vitalli, vamos conferir o depoimento dele juntos?

Este artigo representa a opinião do nosso leitor, não a do blog Diolinux, aproveite a leitura:

“Meu primeiro contato com o mundo da tecnologia foi em 1992, quando eu tinha 12 anos. Foi com um computador 286, que um escritório de contabilidade do pai de um amigo adquiriu. Já comecei a me interessar por esse mundo. Basicamente eu e meu amigo usávamos o 286 para jogos, que eram incríveis para nós, pois nunca tivemos videogames na nossa infância. Se não me engano os jogos eram TDCGA – corrida de carros, GPCGA – corrida de moto velocidade, Digger, Prince Of Persia, entre outros que já não lembro o nome. Tudo rodando num monitor de fósforo monocromático. E achávamos o máximo!!!

No ano seguinte o escritório comprou um 386. Quanta evolução!!! Conseguíamos rodar Wolfenstein 3D, Flashback, um jogo de F1 que não lembro o nome, mas ainda tudo num monitor monocromático. Ah sim, nessa época era o MS-DOS que predominava. Existia o Windows 3.1 ou 3.11, mas a maioria dos programas era para DOS mesmo.

Em 1995, com o lançamento do Windows 95, parecia que um novo mundo se abria. Acredito que visualmente, tenha sido a maior evolução em SOs até então (senão até agora!). 

Em 1996 comecei a faculdade de Ciências da Computação, onde consegui um estágio na universidade. Foi nesse estágio que o mundo da tecnologia realmente se abriu para mim. Tive contato com redes, manutenção dos equipamentos, lançamento do MP3, Internet (que engatinhava), e é claro, com Linux.

Não lembro exatamente qual distro foi, acredito que era Debian ou Conectiva. Mas era tudo em modo texto!! Parecia que houve uma involução, já que o Windows 95 estava à todo o vapor. Demorei um tempo para compreender todo o potencial desse novo e desconhecido sistema.

Para mim, nessa época os computadores já não eram apenas para jogos. Viraram trabalho. Junto com um ex colega de trabalho, montamos uma empresa de venda e manutenção de informática. Foi também nessa época que a pulga do Linux começou a coçar atrás da orelha. Comecei a comprar revistas que traziam CDs com programas e sistemas, e testar em casa. Já sentia uma evolução no pinguim. A instalação trazia um “assistente” primitivo, mas que já dava uma mão. A interface já era gráfica, alguns programas se tornando “usáveis” e úteis. Tenho saudade da distro Mandrake. Estável, bonita e muito fácil de usar, para a época.

Desde então houveram muitas idas e voltas do Windows para Linux na minha vida. Tentei por várias vezes utilizar somente Linux, com muitas distros, mas sempre por um motivo ou outro acabava voltando para o Windows. 

Acho que ambos os sistemas tem seus pontos fortes e fracos. Não sou fanboy de um e de nem de outro. Hoje faz mais ou menos um mês que migrei do Windows 10 e estou com o Ubuntu 15.04 no meu notebook, e está me atendendo plenamente.

Por que migrei do Windows 10? Passei por todas as versões do Windows. Na minha opinião a melhor versão do Windows continua sendo o 7. Para mim o 8 ou 8.1 não agradaram (e não é pela falta do botão Iniciar). O 10 acertaram a mão visualmente, mas notei perda de desempenho e pequenos travamentos em muitas situações. Isso implicava no trabalho? Não, mas incomodava. Fazia mais de ano que eu tinha instalado uma distro (Xubuntu). Voltei para o Windows por não ter conseguido rodar satisfatoriamente o Netflix e precisar funcionar uma plotter que no Linux não rodou.

Qual a minha surpresa, ao acabar de fazer todas as configurações e baixar o que eu queria no Ubuntu, testar e ver que eu poderia ver meus filmes e séries no Netflix! A plotter não preciso mais. Até o momento não tenho motivos e nem saudade do Windows. Ubuntu rodando liso, bonito, boa autonomia de bateria (melhor que no Windows 10), com todos os programas que necessito.

Uma última opinião. Por qual motivo o Linux ainda não se popularizou? Acho que é um conjunto de motivos, mas um que nunca ouvi ninguém mencionar, é em muitas distros quererem imitar o Windows, na disposição de botões, imitação de um botão iniciar, janelas, etc. Facilita ter tudo isso para um usuário iniciante? Sim. Mas também acho que a maioria dos casos se resume em uma palavra: preguiça. Preguiça de descobrir o novo, de querer que tudo esteja no mesmo lugar que no Windows. 

Meu conselho para quem tem curiosidade ou vontade de experimentar o pinguim? Instale qualquer distro. Mas fique com ela por mais de 1 mês. A partir desse tempo que você vai notar se o sistema lhe atende plenamente ou não. Acredito que lhe atenderá, com desempenho, variedade de programas e o principal: a comunidade! Você encontra muitos fóruns, sites, manuais e principalmente pessoas com boa vontade para lhe ajudar.”

Agradecemos a mensagem do nosso querido leitor, se você quiser fazer como o Rodrigo Vitalli envie um e-mail pra gente contando a sua história também.

Até a próxima!

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