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Ministério Público do Paraná abandona MSOffice e migra para o LibreOffice

O Ministério Público do Paraná tomou uma medida que vai orgulhar muitos defensores do software de código aberto e também qualquer um que prese o dinheiro público, agora o estado vai usar o LibreOffice em detrimento ao Microsoft Office.

Software Livre ganha espaço no Paraná

O Ministério Público do estado do Paraná, no Brasil, mudou sua suíte de escritório do Microsoft Office para o LibreOffice, a suíte aberta mais utilizada do mundo. Segundo as informações a economia por conta desta decisão será de 1,2 milhões de reais por ano, este recursos serão utilizado na atualização dos equipamentos da instituição ao invés de serem gastos em licenças.

A instituição ainda relata em sua página oficial as vantagens da migração que vão além da simples economia de verba pública, o formato aberto também será adotado visando o comprometimento com a permanência das informações e documentos a longo prazo, algo que qualquer órgão, público ou privado deveria pensar, algo que o formato proprietário não permite.

Falamos sobre este assunto no vídeo: A importância dos formatos abertos.

A medida também vai ao encontro do que vem sendo adotado por diversas unidades do Sistema Nacional de Justiça e do Ministério Público brasileiro – a exemplo do CNMP –, que já utilizam o LibreOffice.

O Ministério Público afirma que o LibreOffice é composto de ferramentas simples de usar e que nenhum documento atual será perdido, uma vez que o LibreOffice consegue abrir os documentos criados no Word, Excel e PowerPoint, segundo eles, a principal mudança que precisa ocorrer é nas pessoas, membros, servidores e estagiários precisarão absorver as diferenças entre as duas ferramentas (MSOffice e LibreOffice) e habituarem-se a utilizar padrões abertos na hora de salvar seus documentos. Para isso, há acompanhamento técnico do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI), bem como apoio e capacitação permanente, bem como apoio e capacitação permanente do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf).

Usar software de código aberto não deveria ser só uma opção

Uma coisa importante que temos que esclarecer sobre o uso ou não de software livre é que, você, na sua casa, no conforto do seu lar, onde é você quem manda, o uso de software proprietário é uma escolha unicamente sua, entretanto, em instituições públicas isso deveria ser lei. Pelo menos uma lei que disse que sempre que possível um software de código aberto deve ser utilizado em detrimento a um proprietário.

Motivos para isso não faltam, softwares de código aberto são exponencialmente mais seguros, algo que deve ser muito prezado quando utilizado em setores que trabalham com informações sigilosas da população e do governo. Dar dinheiro, deliberadamente, para uma empresa privada (a Microsoft ou qualquer outra), sendo que este dinheiro vem da verba pública, de impostos arrecadados, para ser utilizado em um softwares que tem tecnicamente um substituto a altura gratuito é algo que deveria ser abominado.

Existem muitas licitações e pregões por aí que levantam verdadeiras fortunas para compra de software, recentemente um dos bancos mais famosos do Brasil, a Caixa Econômica Federal, levantou estimativas de mais de 100 milhões de reais em licenças de Windows e Office, sendo que este dinheiro poderia perfeitamente ser aplicado em outras situações mais urgentes e que não tem a atenção merecida, como saúde, e a meu ver, principalmente a educação.

Usar softwares de código aberto em setores públicos é um sinal de respeito com o povo, e com dinheiro dele recolhido através de impostos, usar na sua empresa é questão de necessidade/inteligência para gerir o negócio, pois as vantagens são as mesmas do setor público, a não ser que haja uma real necessidade de uma aplicação privada e usar na sua casa é uma questão de gosto, simples assim.

No mais, meus parabéns ao estado do Paraná, tomara que a decisão estenda-se para outros setores também e contagie o país como um todo, é um exemplo a ser seguido. Finalmente pudemos dar uma notícia destas falando sobre o Brasil, quem acompanha o blog sabe que relatamos diversos “cases” de sucesso do LibreOffice, especialmente na Europa, em países, como Dinamarca, Alemanha, França e também no Reino Unido.

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