Sistemas operacionais

João Lourenço: Depoimento de um novo usuário Linux #2

Este é mais um daqueles posts bacanas que a gente se identifica. Não sei você, mas eu tenho a impressão que a história das pessoas que passam a usar e conhecer o Linux é muito parecida, salvo as exceções que sempre existem, claro. Hoje vamos conhecer a história de João Lourenço, confira.

Como você deve ter reparado pelo título do artigo, este é o segundo post aqui do blog relacionado a esta temática, o primeiro foi feito pelo Douglas Joziel Bitencourt Freitas ainda no ano passado, você pode ler aqui. Outro depoimento interessante que já passou por aqui foi o do Jhones Sales que nos contou como foi a experiência dele com o Ubuntu 14.04 LTS. Hoje vamos conhecer o do João.

Eu recebi este texto por e-mail e vou reproduzi-lo na íntegra logo abaixo, confira:

“Primeiramente muito obrigado por todas as dicas e tutoriais, a mim que uso Linux (Ubuntu) ainda no DualBoot venho me aproveitando de um pouquinho de experiência adquirida nos últimos três meses, aproveitando as férias para inovar e usar um sistema operacional novo.

Comecei minha vida com PCs desde criança e com Windows (95 por sinal…) e sempre fui muito curioso, o tempo passa e trabalhei no início de minha adolescência em LanHouses e lojas de suporte e manutenção a informática, nunca estudei em instituições referenciadas sobre informática e meu aprendizado sempre se deu por força de experiências e observações. 

O Windows para a maioria das pessoas é praticamente jogado goela abaixo, em todas as nossas atividades diárias, no meio acadêmico e no trabalho idem, até a ABNT usa como padrão fontes do Windows (Times New Roman e Arial)! 

O Linux quando me apareceu me veio através de comentários, suficientes por sinal para despertar a minha curiosidade, logo de início eu nem computador tinha, usava os dos meus locais de trabalho, logo não podia “experienciar” tão amplamente mas podia pesquisar. 

E a forma do linux me deixou boquiaberto, software aberto, sem custo, sempre em evolução, parecia até uma utopia, porém as pessoas sempre tiveram um preconceito gigante em aceitar o novo ou em sair de suas zonas de conforto, e já que o Linux ainda vinha quase que em uma contra-mão do que dita o mercado, aos olhos do consumidor, afinal “tudo que é diferente é mais difícil” fiquei apenas na curiosidade e demorei longos anos para poder experimentar alguma distribuição oficial. Logo em 2010 quando inicio um segundo curso superior, fico pasmo ao saber que as máquinas dos laboratórios de informática tinham Dual Boot com Windows e Ubuntu! 

Aproveitei menos do que podia mas pude observar logo de cara o melhor desempenho do Linux frente ao Windows, a navegação com o Firefox praticamente perfeita, periféricos lidos e gravados mais rapidamente… parecia muito estranho ver que poucos dali o utilizavam mesmo o tendo à disposição, e assim continua com a maioria das pessoas.

Por motivos de trabalho continuei a usar o Windows por muito tempo devido ao AutoCAD da AutoDesk, trabalho com ele e ainda hoje usando o Ubuntu para todo o restante no meu Desktop tenho de voltar para o Windows para poder usar a minha licença e poder trabalhar meu arquivos em DWG, achar aplicativos simililares não é algo muito difícil na maioria dos casos, e por vezes achamos até versões mais “limpas” para o linux, VLC, Calibre, Firefox, ThunderBird, dentre vários funcionam muito bem no Windows, mas rodam perfeitamente com um hardware até inferior no Linux.

Minha primeira experiência em casa não foi com o Ubuntu, foi com o Mint Cinnamon, que por sinal uso ainda hoje no notebook que está com a minha mãe, que por sinal não entende muito e nem consegue entender lá grandes diferenças entre os sistemas operacionais. 

O Mint que me foi apresentado por um amigo é muito próximo à interface do Windows, muito antes do lançamento do Windows 10 (Que continuio a usar por causa do CAD) o Mint já possuía sistema de abas no seu gerenciador de arquivos, Multi áreas de trabalho, drivers pré instalados, e uma lista com os apps mais populares já pré-configuradas no sistema para que você baixe e use facilmente através de simples clicks de mouse e abandonando os tão temíveis comandos. a proximidade da interface do Mint com o Windows torna tudo mais fácil para os novos usuários.

Tive um problema há pouco mais de um mês com a interface gráfica do Mint 17 e resolvi mudar, resolvi dar uma oportunidade ao Ubuntu, que me surpreendeu e me deixou na mão em alguns momentos.

A ISO do Mint é 50% mais pesada do que a do Ubuntu, não sei se isso é devido a isso ou outro motivo, mas o Ubuntu é mais rápido do que o Mint, as respostas e aberturas dos aplicativos é consideravelmente mais rápida, porém o acesso a quem está acostumado com o Cinnamon é bem prejudicado por quem inicia o uso da Unity.

A Unity tenta te dar um acesso fácil aos itens mas a costume principalmente nos primeiros dias em usar uma área de trabalho, afinal no Ubuntu isso praticamente não se usa, inclusive não consegui nem criar launcher que eram tão simples de se criar no Cinnamon, alguns aplicativos que usam pacotes de dados mais antigos não funcionam nativamente, o Tibia (MMORPG) mesmo, tem de ter uma quantidade de comandos considerável para ser executado sem ser em flash no Ubuntu.

Já no Mint você consegue executar as duas versões sem problemas e ao mesmo tempo o Ubuntu apresenta queda de frames e leves travamentos nos gráficos ao utilizar a versão para desktop ao lado do Google Chrome por exemplo, particularmente tosco em vista do excelente funcionamento utilizando-se apenas um dos dois supracitados.

 No mais, o Ubuntu esta me surpreendendo, já estou me acostumando a usar os terminais nele, que por sinal é o modo mais fácil de se executar alguns tipo de tarefas depois que você se acostuma, mas para aqueles desavisados e com medo do novo, Mint Cinnamon com certeza é a melhor opção.”

Nota do blog

Quero agradecer ao João pelo seu depoimento e acrescentar algumas informações que talvez sejam úteis. Sobre um programa bacana para abrir arquivos do AutoCAD eu recomendo BricsCAD que tem versão para Linux, é um software pago também, e é igualmente competente.

E você, tem uma história para contar? Mande ela pra gente! 🙂

Acrescentando, eu gostaria também de mostrar para você como eu (Dionatan) criei o hábito de usar o Linux, você pode conferir no vídeo abaixo:

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