KDEManjaro

Um leigo no Manjaro KDE

Vamos conhecer hoje a história e os relatos do nosso leitor Davidson Souza com o Manjaro Linux com a interface KDE.

O texto à seguir representa opiniões do nosso leitor, não necessariamente o posicionamento do blog Diolinux, espero que você se divirta, como eu me diverti, com a história do Davidson e se você quiser mandar a sua história pra gente também, para que, quem sabe, ela apareça por aqui, use a sessão de contato do blog. Vamos lá?

“Olá Diolinux! O meu nome é Davidson Souza e moro em Vespasiano, Minas Gerais. 

Eu gostaria de escrever um pouco sobre a minha experiência com o Manjaro KDE para o pessoal que curte o seu blog. 

Eu nunca imaginei que em algum dia deixaria de usar o Windows para usar um sistema operacional com kernel Linux, pois as vezes, para mim, o sistema era bom, mas a interface não era bonita; ou o sistema tinha personalidade, mas os ícones eram antiquados… Fora quando o sistema era show, mas não instalava corretamente no pc e as soluções eram complicadas. 

Tudo isto mudou quando conheci o Manjaro KDE Capella. A comunidade Manjaro Brasil é muito focada no usuário e isto é reflexo da comunidade oficial do sistema e dos próprios líderes do projeto. 

Como consequência o sistema tem personalidade e um excelente acabamento visual, já que com o passar do tempo novos elementos vão sendo atualizados para trazer uma boa coesão visual, como foi o caso do wallpaper padrão e os ícones do LibreOffice que foram trocados após a versão 15.12 – 3ª atualização. Embora na versão 0.8.12 o Manjaro fosse bem ‘KDE’ trazendo muitas aplicações ‘KDE-Apps’, a versão atual traz outros mais populares entre usuários embora ainda preserva-se muitos apps QT como Kmail e relacionados.

Usabilidade

Eu brinco que se você não tem uma internet com 5 mb/s de velocidade, então esqueça de ter o Manjaro. Ele traz muitas atualizações e é necessário ter uma boa conexão para instala-las. Lembrando que no Manjaro uma atualização pode até mesmo equivaler a uma “mudança de arco”, ou seja, eu conheço muitas pessoas que usaram o Manjaro 0.8.9 (que tinha o KDE 4 ) e que até hoje estão utilizando o sistema sem reinstalá-lo mas atualizado para a versão atual 15.12 Capella. 

Ao instala-lo é interessante criar a partição /home para os arquivos do usuário e a /tmp para instalarmos os aplicativos do repositório AUR, que é fantástico. Se o usuário tiver um PC com 4 GB de RAM, ou mais, a /tmp não é necessária, mas com menos é imprescindível, pois as vezes não há espaço suficiente para o processo de instalação dos pacotes do AUR caso ela não seja criada.

Quem tem PCs mais velhos (de 2009 como é o meus caso), pode criar um volume estendido e dentro dele criar as partições que desejar. O instalador Calamares é muito fácil e intuitivo. A instalação completa do sistema dura em média apenas 7 minutos (contando a partir em que espetamos o pendrive até a reinicialização).

Outra característica interessante é que podemos escolher o Kernel que melhor se adapta a nossa máquina, pois às vezes as versões que acompanham a ISO de instalação podem não ser compatíveis. 

No meu caso, tive de usar o 3.18 até a chegada do Linux 4.4. Nesse meio tempo instalei a Virtualbox e utilizei o meu PC normalmente. Aliás o Manjaro oferece alguns módulos extras e no AUR há outras versões de kernel com módulos adicionais à gosto do usuário. Basta ler a documentação e recomendações de usuários mais experientes. Inclusive a instalação da Virtualbox é mamão com açúcar no Manjaro, pois eles oferecem os módulos compilados e no jeitinho para instalar o programa. 

Como diz o pessoal, o Virtualbox no Manjaro fica ‘fino’! (srsr). Inclusive só no Manjaro é que consigo usar a Virtualbox 5.0: no Windows e outras distros com kernel linux, não.

Outra coisa que fazemos e não vejo com frequência entre outros sistemas operacionais com Kernel Linux com ‘lançamento fixo’ é que temos que atualizar chaves de segurança e sincronizar os espelhos de download, pois se não fizermos isto, a atualização vai pro beleléu. Fora que demoraremos muito para baixar os pacotes pkg.tar.xz. Quando uma atualização não dá certo, muita das vezes podemos fazer o downgrade do pacote, até que a próxima possa ser compatível com o nosso hardware.

Por que escolhi o Manjaro se há outras “ditas mais fáceis”?

Bem, uma das coisas que me conquistou no Manjaro é o AUR e a galera do Arch Linux (eles podem parecer estúpidos, mas no fundo tem um bom coração srsr), pois esse pessoal simplesmente QUER usar a tecnologia em torno do Linux. Por isso quase todo software principal vocês encontrarão no AUR.

Os bons softwares que você percebe que a galera elogia e que estão atendendo o usuário final, independente de qualquer filosofia, eles rapidamente estão no AUR. Um exemplo: não tem Google Chrome para o Manjaro, mas no AUR você acha… Já o Simple Screen Recorder já está nos repositórios oficiais… Ou seja ‘tchau’ Record My Desktop srsrs.

No caso do Manjaro, o idealizador focou mais no usuário novato (que é o meu caso) e ‘criou’ um sistema mais agradável e resolveu demorar um pouquinho para lançar os pacotes esperando as correções para fornecer os mais estáveis. Porém se o usuário quiser ter o mesmo ‘rítmo do Arch Linux’ é só habilitar o repositório instável. 

Somado aos programas eu não poderia deixar de falar do tema oficial do sistema que se chama Maia: ele é fantástico! Inclusive nem me falarei muito sobre ele porque já cairia também na interface KDE e esta merece um texto por quem a entende melhor. Somado aos ícones temos outra vantagem: as novidades que muitos esperam ver, nós simplesmente a temos!

Por isso não sinto vontade de trocar de sistema operacional, pois sei que a qualquer momento poderei ter um software bacana novo instalado no meu PC, exceto se ele for exclusivo de alguma comunidade. Entretanto o preço que pagamos é não ter a estabilidade que uma empresa precisaria. Só lembrando: o Manjaro até poderia ser usado em empresas, mas o custo para mantê-lo poderia ser bem mais alto em relação à um Ubuntu LTS da vida…

Finalizando

O Manjaro amadureceu muito durante os últimos 2 anos, graças a humildade dos desenvolvedores e da comunidade que ajuda no seu desenvolvimento. Por ser focado no usuário doméstico o sistema busca ser ‘único’, e vale a pena para quem só quer um sistema para uso doméstico ou até para o trabalho, mas de forma individual. Devido a enorme quantidade de programas e soluções à disposição do usuário, ele é ideal para quem já ‘farreou muito com várias distribuições Linux’ e que deseja ‘aquietar’ e construir uma história com poucas distribuições. “

Nota do blog

Agradecemos a participação do nosso querido leitor e um adicional para você que deseja conhecer mais do Manjaro, confira a nossa review da distribuição com a interface XFCE.

Até a próxima!

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