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Edição de vídeo com Blender, uma ferramenta poderosa e pouco explorada!

O Blender 3D é uma ferramenta extremamente poderosa e gratuita que você pode utilizar no Windows, no Linux e no macOS, um de seus vastos recursos é a edição e a composição de vídeo, vamos falar um pouco sobre isso.

O texto à seguir foi escrito pelo nosso professor do Diolinux EAD, Júlio César Fernandes Neto, confira:

Olá. É a primeira vez que escrevo para o blog Diolinux, então agradeço ao Dionatan pela oportunidade de conversar com vocês sobre edição de vídeo com Blender.

Nos segmentos dominados por soluções proprietárias, o uso de pirataria se amonta. Mas o uso de pirataria frequentemente é uma tentativa de se manter na zona de conforto. Não há problema algum se você prefere as soluções proprietárias, cada um possui as próprias necessidades. Mas por que não expandir o espectro de alternativas?

A dominância de mercado não possui relação linear com a qualidade de um produto. Sendo assim, muitas pessoas tardam a buscar alternativas que podem lhes livrar de um custo financeiro, ou das dores de cabeça da pirataria.

Confira também: Blender Velvets para edição de vídeo.

Eu produzo vídeos para o YouTube, a série chamada Cosmos de Carlos Sagaz (uma homenagem em forma de paródia para Cosmos, de Carl Sagan). Eu usava o pacote Adobe, mas estava disposto a substituir todas as minhas soluções por alternativas gratuitas, especialmente após o After Effects ter apresentado uma falha que quase deitou a perder cenas nas quais eu já havia investido muito tempo. 

Para minha imensa surpresa, surgiu o Blender.

Blender é um programa de manipulação 3D, e é muito poderoso. A Blender Foundation de tempos em tempos lança curta-metragens feitos com Blender, claro. Um exemplo muito bacana é o curta Sintel, que está disponível no YouTube. Não apenas no YouTube, pois você pode baixar todo o projeto 3D usado, e estudá-lo. Atualmente está em produção o filme Agent 327, o plano é lançá-lo como um longa-metragem nos cinemas.

Blender não é apenas – como se isso fosse pouco – um manipulador 3D. Ele também possui um compositor de vídeo. Isso significa que ele tem potencial no mínimo parelho ao After Effects. Mas há um detalhe adicional muito relevante. After Effects é um compositor 2D, com alguma capacidade 3D. Blender é nativamente 3D, isso significa que ele faz o que a solução da Adobe não faz.

Além de composição, o Blender também possui um editor de vídeo, que é meu ponto neste artigo. O compositor tem por finalidade a criação de efeitos digitais sofisticados, enquanto a premissa de um editor é simplesmente criar uma sequência temporal para o vídeo (inclusive importando as cenas feitas no compositor), adicionar transições e efeitos que sejam simples o bastante para não exigir um compositor.

O editor de vídeo do Blender apresenta RGB parade e outros tipos de gráficos que nos ajudam muito a controlar cor e contraste. Também é possível adicionar máscaras e efeitos animados via keyframes e camadas de ajuste, apenas para exemplificar alguns atributos presentes no Blender que são considerados avançados. Sem falar as meta strips, que possuem fim semelhante às Sequences no Premiere.

Montei acampamento no compositor do Blender por ele ter idiossincrasias que me agradaram muito, como os atalhos nativos e a maleabilidade da linha de tempo. Também fiquei surpreso com a estabilidade do programa, coisa que não senti em minha experiência com Kdenlive.

Há uma série de fatores, subjetivos e objetivos, que nos fazem escolher tal ou qual solução. Deixo então, como palavras finais neste artigo, um convite para que experimentem o Blender como seu editor de vídeo e, quiçá, como seu manipulador 3D.

E se você está pensando: “Poxa, seria bacana um curso sobre isso!” Bom, você não perde por esperar, fique ligado no blog e no canal Diolinux nos próximos dias.

Até a próxima!

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