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Os Apps mobile como conhecemos estão morrendo?

Quando a Apple lançou seu primeiro smartphone em 2007, eles nem imaginavam o impacto que ele teria na indústria móvel. Além de ser o primeiro Smartphone da companhia, esse lançamento também marcou o nascimento do mercado de Apps de terceiros (que, ironicamente, não eram suportados oficialmente pelo dispositivo).

Em 2008, tendo testemunhado o sucesso destes “Apps”, a Apple lança oficialmente a sua AppStore e partir daí começa a construir um dos braços dessa industria milionária que hoje o pessoal de Cupertino divide majoritariamente com a Google e o seu Android.

Avançando para 2017, nós temos lojas de aplicativos para todas plataformas, oferecendo inúmeros aplicativos para tudo e mais um pouco. Desde aplicativos de qualidade de vida, até de produtividade,  e coisas realmente inúteis, como um aplicativo de ventilador… 😑

As lojas de “apps” tornaram-se repletas à medida que cada vez mais os desenvolvedores de aplicativos tentam ganhar dinheiro com essa moda que emplacou nos últimos anos, Apps para TUDO.

Apesar dessa crescente, de acordo com a empresa de pesquisa “BI Intelligence”, “o boom dos aplicativos móveis acabou”. Hora vejamos… será mesmo? Se realmente for, então o que isso significa para o mercado dos aplicativos? Estarão os “Apps móveis morrendo?” Vamos observar alguns fatos.

O estudo da “BI Intelligence” declara que o volume médio de downloads dos top 15 desenvolvedores de aplicativos, tanto da plataforma da Apple, quanto na da Google, caiu 20% no último ano.

Isso se deve a vários motivos aparentes, apesar de a teoria mais popular é a de as pessoas já não procuram aplicativos especializados e preferem escolher 1 aplicativo apenas que tenha várias funcionalidades, ao invés de 5 aplicativos que podem fazer o mesmo, mas com interfaces diferentes e as empresas (algumas ao menos) já sabem disso, veja o que o Facebook vem fazendo com Instagram, WhatsApp e o Messenger, tirando o Instagram que tem um propósito ligeiramente diferente, todos tem basicamente os mesmos recursos, fazendo com que, pelo menos em tese, você só precise de um deles se estiver em busca apenas de funcionalidades.

Um reflexo disso é que vejo cada vez menos pessoas falando em algo que estava na ponta da língua de todos há algum tempo atrás, o Snapchat. Agora o Instagram tem a cada dia mais recursos semelhantes e alguns até a mais, se compararmos. Tá percebendo? Quando as pessoas tiverem que escolher entre um e outro geralmente vão escolher o que tiver mais funcionalidades.

Para agravar esse problema, a experiência web é cada vez melhor e as pessoas conseguem acessar facilmente ao mesmo tipo de conteúdo em seus browsers, enquanto que antes tinham de usar um aplicativo para ter uma experiência confortável. Podemos até mencionar o próprio Facebook aqui como um dos exemplos, conheço muitas pessoas que passaram a acessar a rede do Smartphone através do Browser e não do App, fazendo com que se economize também um espaço na memória interna do aparelho, que já anda bem lotada na maior parte dos casos.

Esse aspecto é algo que a indústria dos cassinos móveis e websites como Casino.org abraçaram, com uma quantidade de jogos populares no mercado que podem ser acessados a partir do browser do seu celular, ultrapassando a necessidade de download e atualizações sem fim por parte do consumidor.

Adicionalmente, muitos dos aplicativos estão repletos de anúncios e, por isso, não é de admirar que as pessoas utilizem o seu browser quando necessitam de fazer algo rápido e eficientemente.

Curiosamente este aspecto de acessar conteúdo na nuvem também está relacionado com outra vertente, a qual não vou me aprofundar neste artigo, que é a dos Chromebooks. Por fim, o último “prego no caixão do mercado dos aplicativos”, segundo a pesquisa, é o surgimento de novas plataformas como a tecnologia “wearable” e sem tela, que são dispositivos vestíveis, como Smartwatches e demais, cujos desenvolvedores se focam em simples e intuitivos (e muitas vezes incorporados) aplicativos com funcionalidades básicas e sem o incômodo de anúncios e notificações sem fim, até pela questão de conforto em lidar com este tipo de coisas em telas mínimas ou inexistentes.

Aplicativos vestíveis

Então é isso? Os aplicativos estão mesmo morrendo? No geral, eu diria que morrer é uma palavra muito forte, mas de fato o mercado está mudando. Faça uma reflexão aqui comigo e veja se você não se encaixa também.

Há alguns anos atrás (quando você comprou o seu primeiro Smartphone talvez) era comum você vasculhar e instalar Apps para simplesmente testar ou estender recursos do próprio software que vinha no aparelho. Quer um exemplo? Programas para fotografia.

Atualmente boa parte dos sistemas operacionais já carrega um App de câmera capaz de fazer pequenas edições nas imagens, aplicar filtros e realizar reparos, em alguns casos, quando o hardware permite, esses Apps te dão inclusive acesso ao ajuste manual para que a foto saia exatamente como você quer. Há não muito tempo atrás você iria precisar de Apps de terceiros para ter estes recursos. Hoje você baixa muito menos Apps, só instala o que você realmente gosta e precisa e costuma ser fiel a uma certa gama de Apps que você se acostumou a usar.

No meu caso, eu diria que o tipo de App que tem mais rodízio no meu Smartphone são games, os demais são os mesmos há muito tempo!

Apesar de o número de downloads ter atenuado no último ano (ou seja, não continuou a moda exponencial em que estava), o lucro dos aplicativos viu um aumento de 40% em 2016, indicando que “nem tudo está perdido” e indicando que a forma com que se ganha dinheiro com os aplicativos vem mudando também. Muitas vezes eles vão se tornar pontos de acesso para um serviço que vai ser a real fonte de lucro, como a Netflix por exemplo, que ganha dinheiro não com o App em si, mas com o serviço para o qual o App serve de ponte de interação.

O mundo dos aplicativos está passando por um renascimento, uma evolução. Entregar conteúdo único e principalmente não atrapalhar o usuário com anúncios e distrações, além de trazer funcionalidades realmente úteis parece ser o caminho mais saudável atualmente, além disso, fornecer uma interface simples e que não dependa tanto de atualizações para melhorias pode ser outro caminho interessante.

O que você acha? Você percebeu essa mudança na forma com que os Apps são tratados? Percebeu a mudança na forma com que você utiliza os aplicativos? Deixe seu comentário.

Até a próxima!

Fonte

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