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Ex-funcionário da Microsoft explica o possível motivo do Windows 10 ter tantos bugs

Manter um sistema operacional não é uma tarefa simples, além do desenvolvimento, é necessária uma bateria extensa de testes a procura de falhas. Desenvolver é apenas o início, a manutenção e trabalho empregado na solução de bugs equilibra essa empreitada.  

O Windows 10 já é o sistema operacional mais utilizado nos desktops, contudo a cada dia novas situações envolvendo falhas são noticiadas nas mídias especializadas em tecnologia. Para quem pensa que o Diolinux menospreza os usuários ou o sistema da Microsoft, está enganado, enfatizamos sim o uso de tecnologias abertas, porém sem militância ou julgamentos. Particularmente, falando agora como “OSistemático”, sou técnico em informática e trabalho com o Windows 10 e não condeno quem prefere o sistema. Todavia, sejamos honestos, o Windows 10 tem passado por situações em maior quantidade que seus antecessores. Quem não se recorda do fatídico episódio em que o sistema estava apagando os arquivos de seus usuários?  

Eis o possível motivo de tantos bugs 

Jerry Berg, ex-funcionário da Microsoft, explica o provável motivo de tantos relatos e casos de falhas no atual sistema da empresa. Nestes 15 anos em que trabalhou na Microsoft, ele pode comparar alguns dos procedimentos adotados no passado e atualmente. Segundo ele, até 2015, a empresa contava com uma divisão dedicada em efetuar diversos testes no sistema e todas as builds que seriam disponibilizadas para o público em geral. Os testes eram feitos tanto por funcionários, como ferramentas automatizadas e em uma enorme variedade de hardwares. Assim, existia um processo que não dependia apenas de máquinas ou seres humanos, com o objetivo de maior precisão na busca de falhas. Esse padrão foi mantido durante anos, até mudar em 2015 para processo efetuado no presente.  

Agora a Microsoft passou automatizar os testes em máquinas virtuais e no lugar dos testes feitos pelos funcionários, o programa Windows Insiders passou a desempenhar este papel. A divisão especializada nos testes foi desfeita e apenas um número pequeno de funcionários continuam a reportar os eventuais bugs no sistema em desenvolvimento. Se antes existia uma vasta variedade de hardwares, a empresa passa a depender de VMs e a participação de usuários que testam as builds em desenvolvimento. No entanto, os bugs reportados pelos usuários do Windows Insiders (que também sou inscrito, faz uns aninhos 😘️😘️😘️) costumam ser falhas mais genéricas. Os casos específicos, e por muitas vezes mais perigosos, passam por despercebido. Isso gera a quantidade de relatos e problemas que vemos atualmente, porquanto códigos com defeitos estão passando e não sendo relatados, segundo Berg.  

Fica difícil evitar problemas sem auditar o código ou depender apenas de voluntários e processos automatizados em VMs. O Windows não é conhecido por ser o sistema mais seguro, entretanto o relato de Jerry Berg faz total sentido e a realidade não deixa dizer o contrário. Para amenizar essa problemática a MS terá que mudar seu modus operandi e bolar um novo sistema de verificação e testes ou retornar ao modelo usado durante anos.   

Sei que houve um motivo para mudança, talvez financeiro para economizar e utilizar usuários no lugar de funcionários, mas a estratégia parece o tanto quanto falha.  

Quem sabe o futuro do Windows seja diferente, a empresa tome outros caminhos que acabem ou amenizem estes problemas. Inclusive esse foi o assunto de uma matéria que escrevi aqui no blog Diolinux, recomendo a leitura.  

O que você acha sobre tudo isso? Creio que boa parte destes problemas estão relacionados ao que o Berg comentou, outros são características do próprio funcionamento e modo em que o Windows foi pensado.  

Até o próximo post, sejam educados e complacentes nos comentários, SISTEMATICAMENTE! 😎  

Fonte: Barcules Nerdgasm.


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